“Combinando a beleza de Bali e das florestas tropicais, este projeto trabalha com diferentes planos visuais para facilitar a contemplação da natureza. Aqui, o observador é instigado a caminhar e explorar o verde nos mínimos detalhes”

Um dos destaques do espaço é a proximidade com o verde e o clima agradável. “Essas sensações foram conquistadas graças ao uso de uma vegetação densa e tropical. É possível ter mais contato com a natureza, olhando de perto as minúcias e até tocando”, explica Carla. “Nosso projeto é inspirado na miscigenação entre a beleza dos jardins de Bali e o charme da Mata Atlântica, o que resultou nesse verdadeiro oásis”, completa Marina.

Diferentes planos visuais foram utilizados para aguçar os sentidos dos visitantes, o que, de acordo com as paisagistas, facilita a contemplação da paisagem e da diversidade natural. “A ideia é desbravar como em uma floresta, fazendo com que as pessoas desconectem-se da agitação urbana e sintam-se perto do verde”, diz Marina.

A combinação das espécies foi pensada para abordar o clima asiático e o tropical ao mesmo tempo. Assim, as árvores de grande porte – já existentes no local –, serviram como um ponto de partida para inserção da “Mata Atlântica”. “As bromélias, por exemplo, reforçam a ideia do tropicalismo e até da pouca intervenção humana. Além disso, priorizamos plantas perenes de fácil manutenção”, comenta Carla. Para o plantio, as paisagistas utilizaram substrato com adubos NPK e, na forração, casca de árvore, Bio Brick e pedras.

No projeto, dois elementos construtivos chamam a atenção. O primeiro é o pergolado de madeira cumaru, elaborado pela CP Paisagismo, que valoriza as formas orgânicas e serve como um ponto de encontro. “E, para trazer a atmosfera asiática, as luminárias de fibra foram importadas direto de Bali”, acrescenta Carla. A acomodação é garantida pelo sofá de fibra sintética (Deck Home), desenhado pela própria arquiteta e paisagista Marina Pimentel. Para aprimorar a sensação de frescor, há ainda espelho-d’água, que amplia o jardim e oferece uma impressão de infinito. “Pensamos no desenho linear como uma forma de desenvolver a continuidade durante o passeio, guiando o observador”, completa Marina.

Idealizado para realçar o jardim como um todo, o projeto de iluminação distribui luzes focais por toda parte, elevando o destaque das espécies e atraindo os olhares contemplativos independentemente do horário.